JOAQUIM CÂNDIDO SOARES DE MEIRELLES
Almirante Graduado e Médico da Casa Real
Conselheiro do Império
Nascido em 5 de Novembro de 1797, à margem do rio das Velhas, em Sabará. Falecido no Rio de Janeiro em 13 de Julho de 1868, aos 71 anos, filho do licenciado Manoel Soares de Meirelles e Ana Joaquina de São José.
Fidalgo Cavaleiro com mercê de Carta de Brasão.
São estas armas: em escudo esquartelado, o 1º de vermelho, uma cruz florenciada e vazia de ouro, -- de Meirelles; o 2 o. de vermelho, uma torre de prata, aberta, lavrada de negro, -- de Soares; e assim os seus contrários; e em escudete sobre o todo, de ouro, uma âncora de negro, carregada de uma serpente de verde, acolada a uma verga de prata. Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro. Por timbre: um lebreu de negro com a boca aberta, de Meirelles.
Médico de Dom Pedro I e Dom Pedro II, de quem era amigo, Médico da Imperial Câmara. Cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Aviz. Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Um dos Fundadores da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 30 de Junho de 1829, Soares Meirelles criticou o projeto de Reforma do Ensino Médico, em tramitação na Câmara, com o apoio da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 03/10/1832, foi apressada a Reforma, homologada pelo regente em nome do Imperador, transformando as duas Escolas de Medicina existentes nas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, fixando em seis anos a duração do Curso Médico.
Em 30 de Junho de 1835, em conseqüência de proposição de Soares Meirelles, o governo Imperial converte a Sociedade em Academia Imperial de Medicina, com objetivos e finalidades semelhantes, realizando-se Sessão Solene com a presença do Imperador - Menino D. Pedro II, acompanhado do Regente Francisco de Lima e Silva.
Fundador da Academia Imperial de Medicina, Patrono da Cadeira nº. 1.
Segundo o Almanak de 1862, à Página 237, era Farmacêutico da Companhia de Aprendizes Artífices, do Ministério da Guerra. Médico do Exército de 1819 a 1928, Soares Meirelles serviu nos atuais regimentos Sampaio e Dragões da Independência, no Rio e no Regimento de Cavalaria e Hospital Militar, em Ouro Preto.
Soares de Meirelles fez os Cursos Preparatórios no Seminário São José, tendo sido aluno do seu tio, Padre João Baptista Soares de Meirelles, Latinista de prestígio. Formou-se cirurgião em 1822, no Curso Academia Médico-Cirúrgica que funcionava no Hospital Militar do Morro do Castelo.
Em 1827, obteve os Títulos de Doutor em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Paris com a Tese “Dissertation sur lês plaies d´ame à feu”.
Almirante Graduado e Médico da Casa Real
Conselheiro do Império
Nascido em 5 de Novembro de 1797, à margem do rio das Velhas, em Sabará. Falecido no Rio de Janeiro em 13 de Julho de 1868, aos 71 anos, filho do licenciado Manoel Soares de Meirelles e Ana Joaquina de São José.
Fidalgo Cavaleiro com mercê de Carta de Brasão.
São estas armas: em escudo esquartelado, o 1º de vermelho, uma cruz florenciada e vazia de ouro, -- de Meirelles; o 2 o. de vermelho, uma torre de prata, aberta, lavrada de negro, -- de Soares; e assim os seus contrários; e em escudete sobre o todo, de ouro, uma âncora de negro, carregada de uma serpente de verde, acolada a uma verga de prata. Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro. Por timbre: um lebreu de negro com a boca aberta, de Meirelles.
Médico de Dom Pedro I e Dom Pedro II, de quem era amigo, Médico da Imperial Câmara. Cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Aviz. Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Um dos Fundadores da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 30 de Junho de 1829, Soares Meirelles criticou o projeto de Reforma do Ensino Médico, em tramitação na Câmara, com o apoio da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 03/10/1832, foi apressada a Reforma, homologada pelo regente em nome do Imperador, transformando as duas Escolas de Medicina existentes nas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, fixando em seis anos a duração do Curso Médico.
Em 30 de Junho de 1835, em conseqüência de proposição de Soares Meirelles, o governo Imperial converte a Sociedade em Academia Imperial de Medicina, com objetivos e finalidades semelhantes, realizando-se Sessão Solene com a presença do Imperador - Menino D. Pedro II, acompanhado do Regente Francisco de Lima e Silva.
Fundador da Academia Imperial de Medicina, Patrono da Cadeira nº. 1.
Segundo o Almanak de 1862, à Página 237, era Farmacêutico da Companhia de Aprendizes Artífices, do Ministério da Guerra. Médico do Exército de 1819 a 1928, Soares Meirelles serviu nos atuais regimentos Sampaio e Dragões da Independência, no Rio e no Regimento de Cavalaria e Hospital Militar, em Ouro Preto.
Soares de Meirelles fez os Cursos Preparatórios no Seminário São José, tendo sido aluno do seu tio, Padre João Baptista Soares de Meirelles, Latinista de prestígio. Formou-se cirurgião em 1822, no Curso Academia Médico-Cirúrgica que funcionava no Hospital Militar do Morro do Castelo.
Em 1827, obteve os Títulos de Doutor em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Paris com a Tese “Dissertation sur lês plaies d´ame à feu”.
No Rio de Janeiro, o Hospital da Santa Casa de Misericórdia congregava a elite médica que em suas enfermarias se reunia para trocar idéias e experiências. Joaquim Soares de Meirelles fazia parte deste grupo e, pela experiência adquirida em Paris, onde freqüentara sessões da Academia de Medicina, idealizou a criação de uma Associação Médica com a finalidade de promover reuniões para aperfeiçoar os conhecimentos dos médicos.
Era Membro do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e da Imperial Academia de Belas Artes, onde lecionava Anatomia.
Soares Meirelles formou-se cirurgião em 1817, no Curso Academia Médico-Cirúrgica que funcionava no Hospital Militar do Morro do Castelo.
Deputado na Assembléia Geral (1845-1848) por Minas Gerais.
Almirante Graduado é o Patrono do Serviço de Saúde da Marinha.
No Almanak, de 1850-3, do Ministério da Marinha, à Página N3, é citado como Cirurgião em Chefe do Corpo de Saúde da Armada.
Acusado de envolvimento na Revolução Liberal de 1842, em 3 de Julho, a Fragata Paraguaçu, ex-Real Carolina, partiu do Rio de Janeiro, conduzindo para a Europa os deportados políticos: Limpo de Abreu, Geraldo Leite Bastos, Doutor Soares Meireles, Doutor Tôrres Homem, José Francisco Guimarães e Doutor França Leite.
As repercussões da Revolução do Haiti tiveram considerável impacto na América portuguesa e no Brasil entre fins do século XVIII e primeira metade do século XIX, constituindo um conjunto de referências e práticas políticas que englobava um leque diversificado de indivíduos e grupos sociais.
Tomando como exemplo alguns personagens, temos os seguintes casos: o major do Batalhão dos Pardos, Emiliano Mundurucu, que assumiu de forma positiva o chamado exemplo haitiano; o líder político Cipriano Barata, que se viu preso sob acusação de “haitianista”; o cirurgião Joaquim Candido Soares Meirelles, envolvido em acusações do mesmo teor, por discutir questões políticas e raciais; além de um mosaico esparso, mas constante, de referências registradas sobre o que ocorrera no Haiti.
Estes exemplos servem para consubstanciar a complexidade de discursos e mecanismos de práticas políticas que englobavam a possibilidade de república com levante de escravos num país monarquista e escravista.
Marco Morel
Afiliação Academica: UERJ
Nome da Mesa: “Haitianismo”, identidades políticas e cidadania:
limites e possibilidades (1790 - 1840)
É possível que Joaquim Cândido também fizesse parte da Sociedade dos Patriarcas Invisíveis, entidade secreta de caráter revolucionário, que pegou armas contra a Monarquia, da mesma forma que Torres Homem, desterrado para Portugal durante alguns meses.
Segundo Monsieur La Rosiére, representante do governo francês no Rio em 1835, um certo Dr. Meireles, talvez o ilustre Joaquim Cândido Soares de Meireles, mulato formado na École de Medícine de Paris, fundara uma escola para instruir negros, onde pregava que estes eram iguais em inteligência aos brancos e superiores em força física.“
Identidade e Diversidade Étnicas nas Irmandades Negras no
Tempo da Escravidão
João José Reis
http://gladiator.historia.uff.br/tempo/textos/artg3-1.PDF
Na sessão de 13 de maio de 1831, Joaquim Cândido ao lado de Limpo de Abreu e Evaristo Ferreira da Veiga, foi nomeado para redigir o Estatuto da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, fundada no Rio de Janeiro em 10 de maio de 1831, um mês depois da Abdicação de Dom Pedro I. O Presidente da Sociedade era Manoel Odorico Mendes, Poeta e Erudito Maranhense. Conselho diretor com 24 membros.
A Sociedade de Literatura Brasileira, instalada em 7 de Setembro de 1848, faz suas sessões aos sábados, na casa da Rua das Violas, 93. Soares de Meirelles era o 1º Vice-Presidente.
Foi o primeiro médico a tratar e divulgar trabalho sobre a lepra.
Ainda não temos todos os elementos para decifrar o desabafo de Soares de Meirelles, no fim de vida, ao Marquês de Olinda.
Alegrete, 4 de janeiro de 1866.
Ilmo. e Exmo. Sr. Marquez de Olinda.
Provavelmente V. Ex. saberá que aqui fiquei doente, não dum ligeiro incommodo d’ intestinos como escreveo o chronista da viagem Imperial, mas d’uma gravíssima febre typhoide ou typho, vindo da Uruguayana, da qual febre estive a borda da sepultura e quando entrava em covalescença de tão grave moléstia e projectava partir para Buenos Ayres, donde conto embarcar para o Rio de Janeiro ao levantar-me da cama na manhã de 31 de dezembro ultimo achei-me sem pernas e braços! Estou portanto paralítico e talvez mutilado para o resto dos meos dias!
V. Ex. comprehende bem a difícil posição em que me acho visto que não vim preparado acompanhado Sua Magestade para uma tal eventualidade. Não foi para servir ao Estado que me expus a tão grande sacrifício na edade de 68 annos em que me acho; mas sim por dedicação a pessoa do Imperador. No Rio de Janeiro, atesta da minha repartição prestando os serviços que era de meu dever prestar como servidor do Estado, não era preciso mais para tornar-me digno das attenções de um Governo justo. Avista pois do estado em que me vejo reduzido só tenho esperança em Deos, porisso peço a V. Ex. o favor de entregar ao meu filho Dr. Saturnino Soares de Meirelles aquelle manuscripto e mais papeis que puz nas mãos de V. Ex. aperto de três annos entre outros um documento do Conselheiro d’Estado o Sr, Alvim, quando chefe do Quartel General da Marinha em que falava da minha admirável pontualidade no Serviço. O memso meu filho Saturnino terá a honra de procurar a V. Ex. para esse fim.
Quando d’aqui se foi o Sr. Coselheiro Ferraz escrevilhe pedindo que propuzesse a S. Magestade a efictividade de meu posto com o fim de deixar a minha filha, um milhor montepio. Não sei se o fez ou nem que resultado teve e se nada se conseguio não será para mim mais uma decepção. Também escrevi sobre o mesmo objecto aos senhores Conselheiro Saraiva, pedindo-lhe o seu auxilio, e que falasse a V. Ex. Também não sei se o fez ou não.
Paralítico como estou conto de partir para Buenos Ayres, de carro até o embarque e alli me conservarei por um mez ou dous afim de obter algumas milhorias para então embarcar para o Rio de Janeiro: ou lá ou em qualquer parte estarei as ordens de V. Ex.
Muito estimo que V. Ex. e a Exma. Sra. Marqueza e toda a sua Ilustre Família tenhão continuado a gozar da milhor saúde. Peço a V. Ex. o favor de apresentar a mesma Exma. Sra.os meus mui respeitosos cumprimentos.
Tenho a honra de ser com maior estima e consideração.
De V. Ex.
Mto. Atto. Venerador Amigo e Obrigado Creado
A rogo do Sr. Dor.
Joaquim Candido Soares de Meirelles.
Fernando Affonso Coelho.
P.S._ Permita a V. Ex. este pequeno P.S. que é um desabafo de quem soffre. O chronista da Viagem Imperial disse que eu fiquei com um ligeiro incommodo de intestinos e que S. Magestade dera todas as providencias para que nada faltasse ao seu Ilustre Medico! Entretanto aqui ninguém se accuzou de estar encarregado d’essas providencias! E eu achei-me entregue a meus próprios recursos! É assim que se escreve a Historia???.........”
Arquivo Nacional
Pesquisa de Ana Carolina Nunes
Residia na Rua dos Ourives, 19, Rio de Janeiro.
Casado, em 1ª Núpcias, com Dona Rita Maria Pereira Reis, filha do Cirurgião Paulo Rodrigues Pereira e irmã do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis, Cirurgião da Imperial Câmara.
Pequena Biografia do Dr. Paulo Rodrigues Pereira
Médico Cirurgião famoso.
Pequena Biografia do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis
Cirurgião da Imperial Câmara. Fundador do 1º Instituto Hahnemanniano do Brasil. Diretor da Instituição Vacínica do Império. Comendador da Imperial Ordem de Cristo. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Dignatário da Grã Cruz. Juiz de Paz. Diretor Adjunto do Monte Pio Geral d´Economia dos Servidores do Estado. Conselheiro do Monte Pio Geral. Casado com Dona Albina Rosa de Borja. Foram Pais de, pelo menos: 1. Carolina Leopoldina de Borja Reis 2. Guilhermina Leopoldina de Borja Reis.
Foram Pais de:
1. Jacinto Rodrigues Soares de Meirelles. Falecido em 6 de Dezembro de 1821.
2. Jacinto Rodrigues Soares de Meirelles. Médico Homeopata. 1º. Tenente da Armada Naval e Imperial. Nascido em 7 de Outubro de 1822. Batizado em 9 de Dezembro de 1822. Falecido em 27 de Setembro de 1887, no Rio de Janeiro. Formado em Medicina, especializou-se em Homeopatia. No Almanak de 1843-4, do Ministério da Marinha, à Página SN, era Aspirante. Em 1849, à Página 128, e 1854, à Página 174, era 2º Tenente. Em 1855, à Página 196, 1º Tenente, Vapor Golfinho. Em 1860, à Página 237, e de 1872, à Página 215, era Oficial Intendente da Secretaria da Intendência da Marinha, residente na Rua do Hospício, 42, em 1872. Em 1877, à Página 272, era Oficial Intendente da Secretaria da Intendência da Marinha residente na Rua Aprazível, 11, Santa Teresa. Residia na Rua Aprazível, 13. Casado, no Rio de Janeiro, na Candelária, (Livro 10º, Fls. 224v) com sua prima irmã, Dona Guilhermina Leopoldina de Borja Reis, nascida em 1834, falecida em 19 de Maio de 1876, no Rio de Janeiro, filha do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis e de Dona Albina Rosa de Borja. Com Geração.
3. Cândido Rodrigues Soares de Meirelles. Oficial das Terras Públicas. Nascido no Engenho Velho, Rio de Janeiro (Livro 1º, Fls. 73v) Com Geração.
4. Nicomedes Rodrigues Soares de Meirelles. Médico. Nascido no Rio de Janeiro, na Freguesia de São José. Homem de posses construiu um ótimo prédio em Paraíba do Sul. Em 1857, à Página 136, de 1860, à Página 251, era Vacinador em Paraíba do Sul. Em 1860, à Página 252, é citado como Subdelegado em Paraíba do Sul. Em 1865, à Página 59, é citado como Eleitor na Freguesia de São Pedro e São Paulo, em Paraíba do Sul. Casado, em 21 de Outubro de 1850 (Santa Ana, Livro II, Fls. 232), com Dona Francisca Luiza Silveira Machado, nascida em 1830, em Guaratiba, Rio de Janeiro, e falecida em 25 de Maio de 1870.
5. Saturnino Soares de Meirelles. Médico Homeopata e Conselheiro do Império. Nascido em 6 de Agosto de 1828, no Rio de Janeiro (Sacramento, Livro 11, Fls. 31v), e falecido em 9 de Dezembro de 1910, no Rio de Janeiro.
Conselheiro do Império. Médico do Conselho de Sua Majestade.
Doutor em Medicina e Bacharel em Matemática.
Em 1878, Saturnino e outros reconstituíram o antigo Instituto Homeopático do Brasil, que recebeu o nome de Instituto Hahnemanniano Fluminense, primeiramente, presidido pelo Dr. Duque-Estrada. Em 1880, por decreto do Governo Imperial, esta instituição passou a denominar-se Instituto Hahnemanniano do Brasil - IHB. O Instituto criou o Hospital Homeopático e, sob a lei Rivadávia, a Faculdade Hahnemanniana com ensino integral de medicina, sob a presidência do ilustre e eminente homeopata gaúcho, Dr. Licínio Cardoso, em 1912, a quem a homeopatia brasileira deve inúmeros feitos. Em 1918, o instituto Hahnemanniano do Brasil foi autorizado a diplomar médicos e farmacêuticos homeopatas. Logo após, em 1921, a Faculdade Hahnemanniana foi equiparada às Faculdades Oficiais da Republica.
Segundo o Almanak, 1872, Página 226, e 1889, Página 114, era Doutor, do Conselho de Sua Majestade, Lente da 2ª. Cadeira do 2º. Ano da Escola da Marinha como Capitão-Tenente Honorário.
Residia na Rua São José, 58 – Rio de Janeiro, onde é nome de Rua e tem seu busto em bronze na Praça da Cruz Vermelha.
Casado, em 1ª Núpcias, em 26 de Julho de 1847, na Capela do Senhor dos Passos, com sua prima irmã, Dona Carolina Leopoldina de Borja Reis (Sacramento, Livro 7, Fls. 156), nascida em 1819, na Freguesia de Santa Ana, e falecida em 27 de Abril de 1892, filha do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis e de Dona Albina Rosa de Borja. Com Geração.
Destaques:
Seu filho Pedro Rodrigues Soares de Meirelles, Advogado e Republicano Histórico. Nascido em 19 de Setembro de 1849, no Rio de Janeiro. Falecido em 8 de Maio de 1882, no Rio de Janeiro. Foi um dos cinco primeiros redatores do jornal A República, fundado em 3 de Dezembro de 1870, ao lado de Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Flávio Farnese, Miguel Vieira Ferreira e Luiz Vieira Ferreira. Signatário do Manifesto Republicano. Desde os tempos acadêmicos, ainda estudante fundou e redigiu o jornal hebdomádario “A Vanguarda”, São Paulo, 1867, sob o pseudônimo Diógenes.
Seu filho Dr. Theodulo Soares de Meirelles. Médico Homeopata Falecido em 30 de Janeiro de 1910, no Rio de Janeiro. Está sepultado no Cemitério do Caju.
Seu filho Saturnino Soares de Meirelles Filho. Poeta. Nascido em 1878, no Rio de Janeiro. Falecido em 1906, no Rio de Janeiro. Amigo, discípulo e protetor do Poeta Cruz e Sousa. O seu único livro, "Astros Mortos", dedicou-o ao "grande mestre e divino amigo", Cruz e Sousa.
Seu neto Dr. Alberto Soares de Meirelles, Médico Homeopata e General de Brigada. Nascido em 21 de Setembro de 1904. Falecido, aos 85 anos, em 8 de Julho de 1990. Membro da Academia Nacional de Medicina. Diretor do Hospital Hahnemanniano do Brasil. Presidente de 1964 a 1990. Responsável pela inclusão da Homeopatia no rol de especialidades médicas. Introdutor da Homeopatia no Inamps. Presidente da Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Professor Catedrático de Clínica Homeopática. Professor Emérito, Conselheiro Perpétuo e fundador do Conselho Universitário da Uni-Rio. Professor Titular de Homeopatia do Instituto de Pós Graduação Médica Carlos Chagas. Criador do Departamento de Homeopatia na Fefieg.
O Conselheiro Dr. Saturnino foi casado, em 2ª Núpcias, em 30 de Julho de 1892, com Dona Maria Izabel da Silva Corrêa, nascida na Ilha do Faial, filha de Joaquim José e de Dona Maria da Conceição. Com Geração.
O Conselheiro Joaquim Cândido Soares de Meirelles casou-se, em 2ª Núpcias, com Dona Maria Cândida Marianna Vahya. Foram Pais de:
6. Luisa Cândida Soares de Meirelles. Recebeu pensão do pai no valor de 60$ mensais.
Era Membro do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e da Imperial Academia de Belas Artes, onde lecionava Anatomia.
Soares Meirelles formou-se cirurgião em 1817, no Curso Academia Médico-Cirúrgica que funcionava no Hospital Militar do Morro do Castelo.
Deputado na Assembléia Geral (1845-1848) por Minas Gerais.
Almirante Graduado é o Patrono do Serviço de Saúde da Marinha.
No Almanak, de 1850-3, do Ministério da Marinha, à Página N3, é citado como Cirurgião em Chefe do Corpo de Saúde da Armada.
Acusado de envolvimento na Revolução Liberal de 1842, em 3 de Julho, a Fragata Paraguaçu, ex-Real Carolina, partiu do Rio de Janeiro, conduzindo para a Europa os deportados políticos: Limpo de Abreu, Geraldo Leite Bastos, Doutor Soares Meireles, Doutor Tôrres Homem, José Francisco Guimarães e Doutor França Leite.
As repercussões da Revolução do Haiti tiveram considerável impacto na América portuguesa e no Brasil entre fins do século XVIII e primeira metade do século XIX, constituindo um conjunto de referências e práticas políticas que englobava um leque diversificado de indivíduos e grupos sociais.
Tomando como exemplo alguns personagens, temos os seguintes casos: o major do Batalhão dos Pardos, Emiliano Mundurucu, que assumiu de forma positiva o chamado exemplo haitiano; o líder político Cipriano Barata, que se viu preso sob acusação de “haitianista”; o cirurgião Joaquim Candido Soares Meirelles, envolvido em acusações do mesmo teor, por discutir questões políticas e raciais; além de um mosaico esparso, mas constante, de referências registradas sobre o que ocorrera no Haiti.
Estes exemplos servem para consubstanciar a complexidade de discursos e mecanismos de práticas políticas que englobavam a possibilidade de república com levante de escravos num país monarquista e escravista.
Marco Morel
Afiliação Academica: UERJ
Nome da Mesa: “Haitianismo”, identidades políticas e cidadania:
limites e possibilidades (1790 - 1840)
É possível que Joaquim Cândido também fizesse parte da Sociedade dos Patriarcas Invisíveis, entidade secreta de caráter revolucionário, que pegou armas contra a Monarquia, da mesma forma que Torres Homem, desterrado para Portugal durante alguns meses.
Segundo Monsieur La Rosiére, representante do governo francês no Rio em 1835, um certo Dr. Meireles, talvez o ilustre Joaquim Cândido Soares de Meireles, mulato formado na École de Medícine de Paris, fundara uma escola para instruir negros, onde pregava que estes eram iguais em inteligência aos brancos e superiores em força física.“
Identidade e Diversidade Étnicas nas Irmandades Negras no
Tempo da Escravidão
João José Reis
http://gladiator.historia.uff.br/tempo/textos/artg3-1.PDF
Na sessão de 13 de maio de 1831, Joaquim Cândido ao lado de Limpo de Abreu e Evaristo Ferreira da Veiga, foi nomeado para redigir o Estatuto da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, fundada no Rio de Janeiro em 10 de maio de 1831, um mês depois da Abdicação de Dom Pedro I. O Presidente da Sociedade era Manoel Odorico Mendes, Poeta e Erudito Maranhense. Conselho diretor com 24 membros.
A Sociedade de Literatura Brasileira, instalada em 7 de Setembro de 1848, faz suas sessões aos sábados, na casa da Rua das Violas, 93. Soares de Meirelles era o 1º Vice-Presidente.
Foi o primeiro médico a tratar e divulgar trabalho sobre a lepra.
Ainda não temos todos os elementos para decifrar o desabafo de Soares de Meirelles, no fim de vida, ao Marquês de Olinda.
Alegrete, 4 de janeiro de 1866.
Ilmo. e Exmo. Sr. Marquez de Olinda.
Provavelmente V. Ex. saberá que aqui fiquei doente, não dum ligeiro incommodo d’ intestinos como escreveo o chronista da viagem Imperial, mas d’uma gravíssima febre typhoide ou typho, vindo da Uruguayana, da qual febre estive a borda da sepultura e quando entrava em covalescença de tão grave moléstia e projectava partir para Buenos Ayres, donde conto embarcar para o Rio de Janeiro ao levantar-me da cama na manhã de 31 de dezembro ultimo achei-me sem pernas e braços! Estou portanto paralítico e talvez mutilado para o resto dos meos dias!
V. Ex. comprehende bem a difícil posição em que me acho visto que não vim preparado acompanhado Sua Magestade para uma tal eventualidade. Não foi para servir ao Estado que me expus a tão grande sacrifício na edade de 68 annos em que me acho; mas sim por dedicação a pessoa do Imperador. No Rio de Janeiro, atesta da minha repartição prestando os serviços que era de meu dever prestar como servidor do Estado, não era preciso mais para tornar-me digno das attenções de um Governo justo. Avista pois do estado em que me vejo reduzido só tenho esperança em Deos, porisso peço a V. Ex. o favor de entregar ao meu filho Dr. Saturnino Soares de Meirelles aquelle manuscripto e mais papeis que puz nas mãos de V. Ex. aperto de três annos entre outros um documento do Conselheiro d’Estado o Sr, Alvim, quando chefe do Quartel General da Marinha em que falava da minha admirável pontualidade no Serviço. O memso meu filho Saturnino terá a honra de procurar a V. Ex. para esse fim.
Quando d’aqui se foi o Sr. Coselheiro Ferraz escrevilhe pedindo que propuzesse a S. Magestade a efictividade de meu posto com o fim de deixar a minha filha, um milhor montepio. Não sei se o fez ou nem que resultado teve e se nada se conseguio não será para mim mais uma decepção. Também escrevi sobre o mesmo objecto aos senhores Conselheiro Saraiva, pedindo-lhe o seu auxilio, e que falasse a V. Ex. Também não sei se o fez ou não.
Paralítico como estou conto de partir para Buenos Ayres, de carro até o embarque e alli me conservarei por um mez ou dous afim de obter algumas milhorias para então embarcar para o Rio de Janeiro: ou lá ou em qualquer parte estarei as ordens de V. Ex.
Muito estimo que V. Ex. e a Exma. Sra. Marqueza e toda a sua Ilustre Família tenhão continuado a gozar da milhor saúde. Peço a V. Ex. o favor de apresentar a mesma Exma. Sra.os meus mui respeitosos cumprimentos.
Tenho a honra de ser com maior estima e consideração.
De V. Ex.
Mto. Atto. Venerador Amigo e Obrigado Creado
A rogo do Sr. Dor.
Joaquim Candido Soares de Meirelles.
Fernando Affonso Coelho.
P.S._ Permita a V. Ex. este pequeno P.S. que é um desabafo de quem soffre. O chronista da Viagem Imperial disse que eu fiquei com um ligeiro incommodo de intestinos e que S. Magestade dera todas as providencias para que nada faltasse ao seu Ilustre Medico! Entretanto aqui ninguém se accuzou de estar encarregado d’essas providencias! E eu achei-me entregue a meus próprios recursos! É assim que se escreve a Historia???.........”
Arquivo Nacional
Pesquisa de Ana Carolina Nunes
Residia na Rua dos Ourives, 19, Rio de Janeiro.
Casado, em 1ª Núpcias, com Dona Rita Maria Pereira Reis, filha do Cirurgião Paulo Rodrigues Pereira e irmã do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis, Cirurgião da Imperial Câmara.
Pequena Biografia do Dr. Paulo Rodrigues Pereira
Médico Cirurgião famoso.
Pequena Biografia do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis
Cirurgião da Imperial Câmara. Fundador do 1º Instituto Hahnemanniano do Brasil. Diretor da Instituição Vacínica do Império. Comendador da Imperial Ordem de Cristo. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Dignatário da Grã Cruz. Juiz de Paz. Diretor Adjunto do Monte Pio Geral d´Economia dos Servidores do Estado. Conselheiro do Monte Pio Geral. Casado com Dona Albina Rosa de Borja. Foram Pais de, pelo menos: 1. Carolina Leopoldina de Borja Reis 2. Guilhermina Leopoldina de Borja Reis.
Foram Pais de:
1. Jacinto Rodrigues Soares de Meirelles. Falecido em 6 de Dezembro de 1821.
2. Jacinto Rodrigues Soares de Meirelles. Médico Homeopata. 1º. Tenente da Armada Naval e Imperial. Nascido em 7 de Outubro de 1822. Batizado em 9 de Dezembro de 1822. Falecido em 27 de Setembro de 1887, no Rio de Janeiro. Formado em Medicina, especializou-se em Homeopatia. No Almanak de 1843-4, do Ministério da Marinha, à Página SN, era Aspirante. Em 1849, à Página 128, e 1854, à Página 174, era 2º Tenente. Em 1855, à Página 196, 1º Tenente, Vapor Golfinho. Em 1860, à Página 237, e de 1872, à Página 215, era Oficial Intendente da Secretaria da Intendência da Marinha, residente na Rua do Hospício, 42, em 1872. Em 1877, à Página 272, era Oficial Intendente da Secretaria da Intendência da Marinha residente na Rua Aprazível, 11, Santa Teresa. Residia na Rua Aprazível, 13. Casado, no Rio de Janeiro, na Candelária, (Livro 10º, Fls. 224v) com sua prima irmã, Dona Guilhermina Leopoldina de Borja Reis, nascida em 1834, falecida em 19 de Maio de 1876, no Rio de Janeiro, filha do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis e de Dona Albina Rosa de Borja. Com Geração.
3. Cândido Rodrigues Soares de Meirelles. Oficial das Terras Públicas. Nascido no Engenho Velho, Rio de Janeiro (Livro 1º, Fls. 73v) Com Geração.
4. Nicomedes Rodrigues Soares de Meirelles. Médico. Nascido no Rio de Janeiro, na Freguesia de São José. Homem de posses construiu um ótimo prédio em Paraíba do Sul. Em 1857, à Página 136, de 1860, à Página 251, era Vacinador em Paraíba do Sul. Em 1860, à Página 252, é citado como Subdelegado em Paraíba do Sul. Em 1865, à Página 59, é citado como Eleitor na Freguesia de São Pedro e São Paulo, em Paraíba do Sul. Casado, em 21 de Outubro de 1850 (Santa Ana, Livro II, Fls. 232), com Dona Francisca Luiza Silveira Machado, nascida em 1830, em Guaratiba, Rio de Janeiro, e falecida em 25 de Maio de 1870.
5. Saturnino Soares de Meirelles. Médico Homeopata e Conselheiro do Império. Nascido em 6 de Agosto de 1828, no Rio de Janeiro (Sacramento, Livro 11, Fls. 31v), e falecido em 9 de Dezembro de 1910, no Rio de Janeiro.
Conselheiro do Império. Médico do Conselho de Sua Majestade.
Doutor em Medicina e Bacharel em Matemática.
Em 1878, Saturnino e outros reconstituíram o antigo Instituto Homeopático do Brasil, que recebeu o nome de Instituto Hahnemanniano Fluminense, primeiramente, presidido pelo Dr. Duque-Estrada. Em 1880, por decreto do Governo Imperial, esta instituição passou a denominar-se Instituto Hahnemanniano do Brasil - IHB. O Instituto criou o Hospital Homeopático e, sob a lei Rivadávia, a Faculdade Hahnemanniana com ensino integral de medicina, sob a presidência do ilustre e eminente homeopata gaúcho, Dr. Licínio Cardoso, em 1912, a quem a homeopatia brasileira deve inúmeros feitos. Em 1918, o instituto Hahnemanniano do Brasil foi autorizado a diplomar médicos e farmacêuticos homeopatas. Logo após, em 1921, a Faculdade Hahnemanniana foi equiparada às Faculdades Oficiais da Republica.
Segundo o Almanak, 1872, Página 226, e 1889, Página 114, era Doutor, do Conselho de Sua Majestade, Lente da 2ª. Cadeira do 2º. Ano da Escola da Marinha como Capitão-Tenente Honorário.
Residia na Rua São José, 58 – Rio de Janeiro, onde é nome de Rua e tem seu busto em bronze na Praça da Cruz Vermelha.
Casado, em 1ª Núpcias, em 26 de Julho de 1847, na Capela do Senhor dos Passos, com sua prima irmã, Dona Carolina Leopoldina de Borja Reis (Sacramento, Livro 7, Fls. 156), nascida em 1819, na Freguesia de Santa Ana, e falecida em 27 de Abril de 1892, filha do Dr. Jacinto Rodrigues Pereira Reis e de Dona Albina Rosa de Borja. Com Geração.
Destaques:
Seu filho Pedro Rodrigues Soares de Meirelles, Advogado e Republicano Histórico. Nascido em 19 de Setembro de 1849, no Rio de Janeiro. Falecido em 8 de Maio de 1882, no Rio de Janeiro. Foi um dos cinco primeiros redatores do jornal A República, fundado em 3 de Dezembro de 1870, ao lado de Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Flávio Farnese, Miguel Vieira Ferreira e Luiz Vieira Ferreira. Signatário do Manifesto Republicano. Desde os tempos acadêmicos, ainda estudante fundou e redigiu o jornal hebdomádario “A Vanguarda”, São Paulo, 1867, sob o pseudônimo Diógenes.
Seu filho Dr. Theodulo Soares de Meirelles. Médico Homeopata Falecido em 30 de Janeiro de 1910, no Rio de Janeiro. Está sepultado no Cemitério do Caju.
Seu filho Saturnino Soares de Meirelles Filho. Poeta. Nascido em 1878, no Rio de Janeiro. Falecido em 1906, no Rio de Janeiro. Amigo, discípulo e protetor do Poeta Cruz e Sousa. O seu único livro, "Astros Mortos", dedicou-o ao "grande mestre e divino amigo", Cruz e Sousa.
Seu neto Dr. Alberto Soares de Meirelles, Médico Homeopata e General de Brigada. Nascido em 21 de Setembro de 1904. Falecido, aos 85 anos, em 8 de Julho de 1990. Membro da Academia Nacional de Medicina. Diretor do Hospital Hahnemanniano do Brasil. Presidente de 1964 a 1990. Responsável pela inclusão da Homeopatia no rol de especialidades médicas. Introdutor da Homeopatia no Inamps. Presidente da Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Professor Catedrático de Clínica Homeopática. Professor Emérito, Conselheiro Perpétuo e fundador do Conselho Universitário da Uni-Rio. Professor Titular de Homeopatia do Instituto de Pós Graduação Médica Carlos Chagas. Criador do Departamento de Homeopatia na Fefieg.
O Conselheiro Dr. Saturnino foi casado, em 2ª Núpcias, em 30 de Julho de 1892, com Dona Maria Izabel da Silva Corrêa, nascida na Ilha do Faial, filha de Joaquim José e de Dona Maria da Conceição. Com Geração.
O Conselheiro Joaquim Cândido Soares de Meirelles casou-se, em 2ª Núpcias, com Dona Maria Cândida Marianna Vahya. Foram Pais de:
6. Luisa Cândida Soares de Meirelles. Recebeu pensão do pai no valor de 60$ mensais.
Um comentário:
Prezada Anamaria :
Gostei muito de sua postagem.
Tenho também interesse no Dr. Soares de Meirelles.
Ricardo.
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